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segunda-feira, 25 de agosto de 2008

ROMPER O SILÊNCIO COM UMA CANÇÃO

As lindas taças pinheirais foram substituídas por imensos cafezais, a bela floresta sul americana está sendo trocada por oceanos de cana e grandes milharais. Estas são palavras poéticas que mostram a silenciosa tragédia, nossa biodiversidade agora dá lugar para as cidades, os campos sombrios das monoculturas são verdadeiras sepulturas de milhares de vidas assassinadas por ambição. Entendo que temos que produzir comida para nossa alimentação, algodão para nossa confecção e álcool para nossa condução. Mas creio que a produção deva ser sustentável, ou seja, sem comprometer a vida das futuras gerações. Isso se faz com inteligência e não com egoísmo. Não temos a capacidade de deixar míseros 30 metros de mata ciliar a cada lado do rio. Choramos por não podermos derrubar aquela araucária centenária araucária. As crianças desde pequenas ao verem um inseto automaticamente possuem a cruel atitude de detona-lo, o mais estranhos é que vemos isso e nada fazemos, como se fosse tudo normal. Mata-se serpentes a sangue frio, como se o animal não sentisse dor ou fosse culpado pela lendária tradição de se matar cobras. E assim a morte vaga pelos campos, como o condor nos Andes, talvez de forma silenciosa, mas sempre “eficaz”. Jogamos toneladas de veneno em nossas terras, tentando corrigir um problema, mesmo sem o conhecer profundamente. Ignoramos a teoria da trofobiose, lutamos contra as leis da natureza, ao invés de usa-las em nosso favor. Começamos a “se dar mal”, as epidemias batem a nossa porta, os furacões levam nossos impérios, a seca mata nossa horta, a água invade nosso sagrado lar e as mesmas toneladas de veneno que jogamos na terra retornam a nossa boca na forma de comida. Belas propagandas mostram que a fome no mundo é causada pela falta de produção de alimentos, assim manipula a mente do povo. Vale a pena parar para pensar que cada vez mais se produz comida e a fome continua. Sabe-se que o maior problema é a distribuição de renda e a incorreta administração dessa comida. Muito que as pessoas poderiam consumir vai para outros fins não alimentícios, o desperdício ocorre deforma silenciosa quase que a cada refeição, quando vai para o lixo o que poderia matar a fome do próximo. Não temos sequer a capacidade de planejar antes de cozinhar cada refeição. Se de um lado desperdiçamos de outro somos verdadeiros “mãos de vaca”, pois quando vamos aos supermercados não compramos um produto com selo verde, apenas porque este custa uns míseros centavos a mais. Talvez esse dinheiro nos sirva para comprarmos velas em nosso velório, como diz um dito bem popular, pois “do jeito que a coisa anda”, é isso que nos resta, pois é este caminho que estamos escolhendo. Mesmo depois de mortos continuamos poluindo. Desperdiçamos nossa água, nossa luz solar e a maior biodiversidade do mundo. Se alguém faz o certo é rotulado como louco, isso nos da medo e preferimos viver no silêncio, no mais profundo silêncio. Temos vergonha de mudar, porque talvez alguém está nos falando que devemos seguir o mundo. Nada contra, desde que com responsabilidade. Deixamos cair grandes áreas de florestas e nos consolamos com míseros remanescentes deixados pelo governo como amostra do passado, ou seja, um museu vivo. As futuras gerações talvez terão que se consolar com paredões rochosos secos, onde antes chamávamos de cachoeiras. Estas gerações também poderão ser alvos das nossas amas que apontamos para o futuro. Sabemos que muito ainda nos resta desde que saibamos usar esse muito, pois ainda podemos dizer que temos água, Amazônia e campos floridos. temos a tecnologia em nossas ingratas mãos e dois caminhos a seguir, podemos direcionar o futuro, ou pelo menos achamos que podemos. Resta agora a missão de deixarmos de lado nossas diferenças em se unirmos em nossa semelhança de seres humanos, e assim buscarmos o bem comum em um só coral em que todos entoem apenas uma simples canção: a vida! ANDERSON GIBATHE (AMBIENTALISTA)

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